Sobre todas as coisas

Na faculdade, aprendi sobre mestres, livros e tratados. Li escritos muito extensos, dos quais ainda não sei se me lembro, outros que ainda se mantém vivos.

Sobre todas as coisas seria impossível dizer, mas chegar perto do possível eu vou tentar.

Aos professores, o livro, a didática, o dicionário.

Aos alunos, a leitura, o aprendizado, a gramática.

Ao cozinheiro a panela, a receita, o sabor.

Ao cliente, a apreciação, a comida, o paladar.

Ao músico, o instrumento de corda, tecla, o violão.

Ao ouvinte, a sinfonia.

Ao mudo, o gesto. Ao surdo, a interpretação. Ao cego, o toque. Aos que falam, ouvem e veem, o ensino aqueles que não sabem.

Ao amigo, o abraço.

Ao aniversário, a carta.

Ao trabalho, dedicação.

Ao amor, retribuição.

Aos valores, o cumprimento.

As flores, a delicadeza.

Aos olhos, a leitura, o entendimento, a visão de futuro.

Ao futuro, não conheço.

Ao agora, eu vivo.

Ao nesse momento, a escrita, o pensamento.

A saudade, o sentimento.

Ao sentimento, todo o resto.

A morte, a dúvida.

A vida, é essa.

Sobre todas as coisas, começarei agora.

Face

Saiu do banho e contemplou seu corpo de gesso no espelho. Olhou para sua face e pensou: “estou ficando mais velha, essas olheiras só aumentam e essas rugas de expressão também.”

Seus olhos cansados queriam dizer alguma coisa, mas não saía nada. Nem pensamentos, nem palavras. Tinha em mente uma única música que parece que traduzia parte do que sentia. (Adele)

Direcionou seus olhos para o restante do seu corpo, e identificou algumas curvas a mais que não estavam ali. Pensou novamente: “tenho duas opções: ou acabo com essas curvas novas logo ou deixo criar mais.”

Estava num dia chato, com pensamentos, papos e ideias chatas, não queria conversar. “Saco!” – pensou. “Isso tem que mudar.”

Tinha no pensamento o consolo de que tudo passa, que tudo é somente uma fase e que amanhã é outro dia. Mas tinha na face o brilho opaco de dias cansados, de pensamentos frustrados, de diplomas não conquistados, de aniversários se aproximando, de abraços não ganhados, de dias não vividos, de alegrias perdidas.

Lembrou de uma frase de um amigo: “...estou sem direção”.

E ela continuou. Sem esquerda, nem direita.

Primeiro Tijolo

           Para compartilhar nossos pensamentos, experiências e pontos de vista, criamos este blog. No começo, foi visto como uma brincadeira, anotado num bloquinho de papel, sem muita expectativa. A idéia cresceu, a inspiração ajudou, e montamos o “Em consttrução", onde estarão presentes nossos sentimentos representados pelas palavras, e também por fotos. Todos nós estamos sempre em construção, pois a cada dia colocamos um novo tijolo em nossas vidas, em nossa personalidade, que a torna cada vez maior e mais forte. Assim como nós, esperamos que os leitores, manifestem a sua construção conosco, seja somente na leitura de nossos textos ou frases, seja num comentário ou nas nossas palavras. Seja bem vindo ao nosso blog, e esperamos que nos ajude a construí-lo.

           Grande abraço pra quem lê!

Bianca & Genesis