Temos o hábito de perguntar onde
está a felicidade, ou o que precisamos ter para que possamos ser felizes.
Engraçado, que, para a grande
maioria das pessoas, é preciso ter para ser feliz, e não ser.
Ser no sentido de sermos pessoas
melhores, com princípios, valores, sentimentos e principalmente caráter,
pessoas amigas do bem e preocupadas em fazer o bem, seríamos e entenderíamos o
que é realmente ser feliz.
Não é privilégio falar que hoje,
vivemos um tempo de grande consumismo, e que precisamos sempre ter mais e mais
coisas para suprir vontades que ás vezes nem sabemos quais são, para acabarmos
num grande pote interno de nada. Isso sempre existiu, desde quando os homens
aprenderam a trocar objetos por outros, até mesmo com o surgimento da moeda, em
que foi descoberto o poder e a satisfação momentânea de consumir.
O problema, é que nesse meio de
construção de coisas materiais, nos esquecemos de pequenas coisas, pequenos
valores e palavras que farão grandes diferenças algum dia.
A felicidade por exemplo, tão
cobiçada e desejada por todos, acaba por ser tornar um objeto, algo
materializado, que pode ser comprado. Claro, para muitas pessoas, o simples
fato de comprar algo que falta na vida delas, seja do mais básico a algo de
luxo, se torna algo prazeroso e que proporciona felicidade, o que se torna
justificável, visto que vivemos numa sociedade quase 100% trabalhadora, e que
conquista as coisas através de muito esforço e garra.
Mas a felicidade não pode estar
somente na vitrine de uma loja, ou num pátio de uma concessionária, ou até
mesmo numa loja cobiçada de sapatos. A verdadeira felicidade está em nossas
mãos, basta percebê-la. Está num abraço de bom dia ao colega, num sorriso
carinhoso, num olhar fraterno, num raio de sol que se deixa escapar por entre a
copa das árvores, num “eu te amo” de um amigo ou namorado. Ser feliz depende
única e exclusivamente de nós mesmos. O que acontece nas nossas vidas hoje, é o
que deixamos acontecer. Ninguém faz nada que não esteja com vontade, porque não
somos obrigados a fazer nada. Sentimos o que demonstramos, passamos o que
passamos porque deixamos. Quem tem o controle de nossas vidas somos nós mesmos,
e cabe a nós andarmos ou ficarmos parados. É uma questão de escolha. A vida nos
dá grandes oportunidades para fazermos o
que quisermos, e assim como há dois lados para tudo, é uma escolha ficarmos ao
lado do bem e caminhar com ele, ou permanecermos num grande buraco de
futilidades.
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