segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Naquele tempo


Sou do tempo em que brincar de carrinho e soltar pipa era a diversão de meninos e meninas. Naquele tempo, era divertido soltar “jiriquinho”, andar de bicicleta e ver desenhos bobos na televisão.

Sou do tempo em que ganhar as coisas era difícil, porque não tinha como ser diferente devido aos tempos difíceis dos meus pais.

Naquele tempo, era divertido se reunir aos finais de semana com a família e falar sobre coisas simples, pois não se pensava muito em ter, e sim em ser.

Sou do tempo em que bolos e pães eram feitos a mão, assados no fogão á lenha e que arroz e feijão eram os pratos da casa, receitas do chef.

Naquele tempo, as crianças não pediam computador, notebooks, celulares e essas modernidades de natal. Ás vezes, um brinquedinho de madeira simples, já era suficiente.

Sou do tempo em que admirar arco íris no fim de tarde era (e continua sendo) lindo, e que ver o sol se pôr era um espetáculo.

Hoje, nem sei se existe mais pipa, ou aquelas brincadeiras de criança que já existiram um dia. A tradição perdeu seu espaço para a modernidade, e não sei bem até onde ela pode chegar. Hoje, as coisas estão mais fáceis, não existe mais luta, mais garra pra conseguir alguma coisa, porque sempre há um aval mais fácil para que seja feito.

Hoje, o prato do chef são receitas francesas, árabes e as mais requintadas possíveis. (não que não sejam boas, mas há sempre um espaço para as mais simples).

Sou do tempo em que existiam coisas simples para serem admiradas, que a modernidade não importava tanto, que companhias eram valorizadas, que não importava tanto a beleza, mas sim o caráter, a competência, esses valores que a gente cresce com eles.

Acho que é por isso que sou tão careta.



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